Plantando o futuro
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Plantando o futuro

Por André Felipe Santos, Engenheiro de Software Sr., Mobile

fevereiro 28, 2018

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Pode não parecer, mas uma das maiores revoluções agrícolas da história está acontecendo nesse instante - e os resultados disso já são realidade. Percorremos um longo caminho desde a introdução da mecanização no campo, passando pela criação de variedades de cultura mais resistentes, uso de produtos químicos agrícolas e, mais recentemente, um aumento do melhoramento genético em prol da produtividade. E o que vem depois disso tudo?

A resposta é a disrupção. Esse termo foi criado pelo professor de Harvard, Clayton Christensen, para descrever inovações que oferecem produtos outrora inacessíveis, acabando por criar novos mercados e formas de consumo. A agricultura digital, um “mix” de Internet das Coisas, agricultura de precisão e Big Data, é disruptiva por natureza, justamente por mudar a forma de enxergar e explorar o mercado agrícola tradicional.

Com o aumento da população mundial, veio a necessidade irrefutável de aumentar a produção de alimentos nos próximos anos. O desafio mora no fato de que essa produtividade maior precisa acontecer num espaço relativamente menor de cultivo, e com uso consciente de recursos naturais - para não resolver um problema criando outros.

As possibilidades são inúmeras. O uso contínuo de tecnologias de agricultura de precisão já está se tornando padrão no país: GPS, monitores de colheita e equipamentos para dosagem de sementes, irrigação e fertilizantes são alguns exemplos. Tais equipamentos geram um uma quantidade imensa de dados descrevendo as operações agrícolas, com detalhes que permitem análises e conclusões que não seriam possíveis de outra maneira (ou, pelo menos, demorariam muito mais para serem concluídas). Iniciativas em ascensão, como o uso de estações meteorológicas locais nas fazendas, enriquecem ainda mais esses dados e aumentam a qualidade e velocidade da tomada de decisões dos agrônomos. Tudo isso, associado ao uso de computação em nuvem para processamento e armazenamento, se interconecta e forma o tecido dessa nova revolução agrícola.

Isso significa que esse grande volume de dados gerados, associado à demanda crescente por soluções digitais para problemas conhecidos, acabou por criar um nicho no mercado que respira inovação para se manter vivo. É um ganha-ganha nítido: profissionais de tecnologia experientes têm a oportunidade de se aprimorar (e muito!), resolvendo problemas do mundo real enquanto modelam a nova cara de um negócio primordial para o país e o mundo, e os iniciantes ganham a chance de sair na frente ao começarem a se desenvolver em um ambiente repleto de desafios concretos.

Agora é arregaçar as mangas e ajudar a plantar o futuro!

Obs.: Essas fotos foram tiradas por mim, durante uma das minhas visitas ao campo. Aqui, todo o time de Engenharia mantém um relacionamento próximo com o nosso cliente e sua realidade!

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